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Foto do escritorJúlia . L Sousa

Mesmo com pouca movimentação, 2023 contou com momentos marcantes na Fórmula 1

Foto: Divulgação/Fórmula1


Apesar da temporada de 2023 ser vista por muitos como a mais chata da última década, ela entregou momentos que fizeram os fãs sentirem a emoção do esporte. Com o fim da temporada, por que não relembrar e se despedir desses momentos? Então aqui está o top 10 melhores momentos da temporada de 2023 na Fórmula 1.


1- Singapura e a estratégia de Carlos Sainz

De todos os momentos da Fórmula 1 em 2023, o Grande Prêmio de Singapura foi colocado como o mais emocionante pelo pelo público nas redes sociais. Tal atribuição se deve ao fato de Carlos Sainz da Ferrari conseguir ser o único piloto a vencer uma corrida no ano além de Max Verstappen. 

Protagonista de uma pole position impressionante em Monza, na Itália, Carlos Sainz foi além de um excelente piloto  um grande estrategista em Singapura. Largando da pole position, Carlos Sainz foi seguido pelo companheiro de equipe Leclerc e o britânico George Russell. De ponta a ponta, Sainz liderou a corrida apesar das ameaças de Russell que superou Leclerc e tomou o segundo lugar após um safety Car.

Mesmo com as ameaças  de Russell, Carlos Sainz se manteve calmo e paciente. Segurou o piloto britânico de modo a ajudar Lando Norris a ultrapassar Russell e ficar em segundo. A partir disso, o piloto espanhol abriu vantagem em relação ao Norris e guiou a corrida. Ele subiu ao pódio junto com Lando e Hamilton. Esse grande prêmio trouxe de volta aquilo que os fãs de fórmula 1 não viam a mais de 15 corridas: ultrapassagens e brigas pela vitória no pódio.


2- A ascensão da Mclaren e a vitória do rookie do ano

Durante o início da temporada, a equipe britânica Mclaren não teve os melhores desempenhos. Com problemas de danificação, tanto Oscar Piastri quando Lando Norris tiveram que abandonar já na primeira corrida do ano no Bahrein. O mesmo ocorreu em outras corridas em que a danificação os tirou da zona de pontuação. Entretanto, após um pacote de mudanças no carro, o time deu a volta por cima e voltou a ter resultados. 

O primeiro pódio aconteceu no Grande Prêmio de Silverstone na Inglaterra. Logo, na largada, Lando Norris ultrapassou Max Verstappen e liderou a corrida por cinco voltas. Mesmo com Verstappen tomando a posição de volta, Norris se manteve seu segundo lugar com calma  até a volta 39. Nessa volta, Lewis Hamilton se aproximou de Norris que defendeu bem sua posição do heptacampeão.  Lando Norris junto com seu companheiro Oscar Piastri subiram em nove pódios na temporada. 

Além disso, Oscar Piastri foi nomeado “Rookie do ano” por sua primeira vitória na Fórmula 1 na corrida sprint no Catar. Apesar de muitos acharem que a atuação de três safety cars que interromperam a prova em onze voltas ter ajudado o australiano de 22 anos, Piastri largou da pole position e lutou com por sua posição com George Russell e Carlos Sainz. Com ajuda do rendimento de seus pneus e uma maturidade e paciência  que o permitiu analisar a perda de rendimento de Russell e Sainz, Piastri aumentou a velocidade e tomou sua posição de volta de modo a levar a vitória.


3-  Lewis Hamilton faz a pole position no GP da Hungria e Mercedes consegue o segundo lugar no campeonato de construtores

Mesmo com um campeonato sem vitórias e carregando um carro nada eficiente, Lewis Hamilton, que não se deu bem com o carro desde o início da temporada, conseguiu  alguns pódios ao longo do ano. Mas, digno de um gênio, o momento mais marcante foi sua pole position no Grande Prêmio da Hungria.

Mesmo sendo recordista, com 104 poles, o piloto britânico não largava em primeiro desde 2021. No final do Q1, Hamilton terminou em sétimo. Ele estava em 17• e ,nos últimos segundos, aproveitou para desenvolver velocidade nas curvas de modo a conseguir a sétima posição. No Q2, o piloto da Mercedes saiu de 7• para segundo. E no Q3, o que seria a oitava pole position de Max Verstappen na temporada foi eclipsada por 3 milésimos de Lewis Hamilton nos últimos segundos da qualificação. O evento foi uma quebra nas sequências de pole positions de Max Verstappen e a volta de Lewis a primeiro lugar depois de 592 dias.

Além desse feito, junto com seu colega de equipe George Russell, Lewis Hamilton conseguiu o vice-campeonato de construtores para equipe Mercedes. Talvez em uma das disputas mais emocionantes do ano, com apenas quatro pontos de diferença antes da competição, o time alemão e a Ferrari brigaram na última corrida do ano pelo vice-campeonato de construtores.



4- Liam Lawson quebrando uma sequência de Vitórias.

Substituindo Daniel Ricciardo, Liam Lawson protagonizou no Grande Prêmio de Singapura um momento que muitos fãs de Fórmula 1 não esperavam: a saída de Max Verstappen do Q3.. Em um final de semana com problemas no carro, principalmente na caixa de câmbio, Max Verstappen não teve um final de semana dos melhores e a sua retirada do Q3 ajudou a piorar a situação. Durante o Q2, Verstappen não conseguiu fazer uma volta boa o suficiente. Após a bandeira quadriculada no final dessa classificação, Verstappen pegou a décima posição o que lhe garantiria chegar ao Q3. Entretanto, terminando a sua volta, Liam Lawson tomou a posição de Verstappen com apenas 7 milésimos de vantagem. Tal situação fez com que Max Verstappen começasse a corrida em 11º no domingo e, com os problemas no carro, não conseguisse subir ao pódio.

Estreante na Fórmula 1, nunca havia pilotado antes na pista de Singapura e na sua terceira corrida dentro da temporada, o piloto neozelandês de 21 anos conseguiu chegar até o Q3, terminar a corrida, no domingo, em nono lugar, conseguindo seus primeiros pontos na Fórmula 1 e ter o melhor resultado da Alpha Tauri na temporada. Até a corrida, em Marina Bay, a equipe só tinha três pontos conquistados por Yuki Tsunoda nos GP’s do Azerbaijão, Austrália e Bélgica.



5- A volta de Fernando Alonso aos podiums 

Desde seu último vice-campeonato em 2013, a temporada de 2023 garantiu a Fernando Alonso sua melhor classificação depois de uma década. 

Aos 41 anos de idade, o veterano voltou aos pódios. Apesar de o carro da equipe Aston Martin apresentar instabilidades ao longo do ano, Alonso conseguiu conquistar cinco pódios nas primeiras seis etapas. Ao final da temporada, Alonso teve uma queda de desempenho devido a problemas no carro e estratégia da equipe. Mesmo com esses empecilhos, o espanhol conseguiu conquistar mais quatro pódios, sendo um no Grande Prêmio de Interlagos. 

Durante a corrida do Brasil, Fernando Alonso protagonizou com Sérgio Pérez uma empolgante disputa. O espanhol largou em quinto lugar e terminou em terceiro após uma grande ultrapassagem sobre o mexicano da equipe Red Bull. A volta de Fernando Alonso aos pódios deixou muitos fãs felizes.


6- O retorno de Daniel Ricciardo as pistas

Após uma temporada conturbada com a Mclaren em 2022 e uma saída um tanto questionável da equipe, Daniel Ricciardo passou o começo da temporada de 2023 como piloto reserva da Red Bull Racing. Entretanto, após a saída repentina de Nyck de Vries, Daniel Ricciardo foi confirmado como piloto da equipe Alpha Tauri a partir do Grande Prêmio da Hungria. 

Apesar de não ter pontuado nas primeiras corridas, Daniel Ricciardo fez boas corridas, se manteve sólido e sem muitos problemas até o Grande Prêmio da Holanda. Durante o segundo treino livre desse GP, o australiano de carro número 3 sofreu uma fratura no punho após colidir com a barreira de pneus na curva do Circuito de Zandvoort. Por consequência, o piloto australiano foi substituído pelo neozelandês Liam Lawson. Ricciardo voltou  no GP de Austin o que deixou muitos fãs felizes por receberem de volta um piloto que é muito querido pelo público local.


7- Max Verstappen se mostrando absoluto desde Miami

Que a temporada de 2023 foi resumida a Max Verstappen é inegável. Nesse ano, o piloto holandês da Red Bull se consagrou como tricampeão mundial e teve o maior número de vitórias consecutivas, com 10 vitórias superando as 9 de Sebastian Vettel em 2013. O que para muitos tal feito é resultado de um motor Honda e a um carro muito superior do resto do grid, para outros todos esses números são resultado do talento excepcional de Verstappen. Independente de todas essas opiniões, o piloto mostrou que a temporada seria sua desde o Grande Prêmio de Miami. 

Mesmo não sendo a corrida mais empolgante do ano, Verstappen realizou uma performance marcante ao largar em nono e terminar em primeiro. O piloto holandês largou com pneus duros e já na quarta volta já estava em sexto lugar. Com volta mais rápida atrás de volta mais rápida, o número 1 da RBR escalou o pelotão e chegou em segundo lugar atrás de seu companheiro de equipe Sérgio Perez. Após uma troca de pneus, Verstappen ficou com pneus macios e Perez com pneus duros. Tal situação permitiu Verstappen abrir mais de 5 segundos do companheiro de equipe e mais de 25 segundos do terceiro colocado, Fernando Alonso. Apesar de não surpreender a muitos, a vitória do holandês em Miami foi espelho de seu desempenho na temporada.


8- Duas Alpines conseguindo um pódio em um ano conturbado para a equipe

Com a saída dos  principais membros da equipe, como o engenheiros Otmar Szafnauer e Alan Permane, problemas no carro, como a quebra do câmbio do carro de Esteban Ocon em Singapura, o ano da equipe Alpine não foi um dos mais tranquilos. Entretanto, apesar desses empecilhos, a equipe conseguiu chegar ao pódio duas vezes com os dois pilotos.  Um vez com Esteban Ocon, em Mônaco, e outra com Pierre Gasly, em Zandvoort na Holanda.

Embora  Mônaco não seja um circuito de muitos acontecimentos, a corrida de 2023 teve bons momentos. Entre eles está o terceiro lugar do francês Esteban Ocon, que protagonizou uma briga acirrada com o espanhol Carlos Sainz pela posição e a disputa com o sete vezes campeão, Lewis Hamilton.  O piloto manteve a posição e chegou ao pódio.

Quatro meses depois, no GP da Holanda, Pierre Gasly subiu ao pódio em terceiro lugar. Largando com pneus macios, Gasly começou a corrida em 12• . Com a chuva, o francês trocou os pneus macios, após o fim da primeira volta, para pneus intermediários usados. Depois vieram mais duas trocas para pneus macios da volta 11 á 46 e da 46 á 60. E depois mais duas trocas para pneus intermediários da volta 60 á 64 e, após uma bandeira vermelha e uma relargada, outra troca que durou até o final. Essa estratégia da equipe, permitiu o francês estar com pneus mais novos que os outros pilotos e desenvolver uma boa velocidade que o permitiu se distanciar dos oponentes. Assim, mesmo com uma punição de 5 s por ter ultrapassado o limite de velocidade na pit lane, Gasly chegou ao pódio em terceiro como o companheiro de equipe. Tais resultados, foram momentos bons para equipe em meio ao complicado momento.


9- Alex Albon com desempenho excepcional em uma Williams decadente

Apesar de  Williams não ser uma das melhores equipes do grid atualmente, com um carro que muitas vezes nem aguentava terminar uma corrida, a equipe obteve 28 pontos na temporada, sendo 27 pontos conquistados pelo piloto Alexander Albon. Mesmo não conseguindo podiums, Alex Albon realizou um desempenho marcante. Extraindo o máximo que pode de um carro que estava longe de ser um dos mais competitivos da temporada, Albon conseguiu competir contra Max Verstappen em um Q2 no Grande Prêmio do Canadá e deixar os fãs emocionados. 

Nessa qualificação, com a pista mais seca após uma chuva que atrapalhou muitos outros pilotos de irem para o Q2, a Williams decidiu arriscar e colocou um pneu slick soft. A partir disso, o piloto anglo-tailandês era o único dentro de pista com esse pneu de modo a conseguir fazer 1 minuto e 19 segundos de tempo e garantir a volta mais rápida. Por consequência, as outras equipes resolveram fazer o mesmo. O problema reside no fato de que por estar com os pneus aquecidos, o carro de Albon ainda estava mais rápido, o que permitiu que o piloto batesse Max Verstappen com 1 minuto e 18 segundos e garantisse o melhor tempo do Q2. 

Além desse acerto de estratégia da equipe e talento do piloto, Alex Albon conseguiu competir com outros carros do meio do Grid e garantir boas posições. Em Monza, por exemplo, logo na segunda volta, o piloto da Williams fez uma ultrapassagem precisa na Mclaren de Oscar Piastri, garantiu uma sexta posição e segurou os outros 14 pilotos atrás dele por muitas voltas. Apesar de no final perder sua posição para Lewis Hamilton, Albon fez uma bela corrida e terminou em sétimo lugar.


10- Vitória de Checo Perez no Grande Prêmio  do Azerbaijão 

Pressionado para manter o segundo lugar no campeonato, Perez não teve uma temporada fácil. Apesar de seu ano ser resumido a uma sequência de batidas do Japão ao México, Perez mostrou em Baku no Azerbaijão, que ele tinha potencial para mais.

Seguindo Leclerc e Verstappen, Sérgio Perez conseguiu fazer uma corrida consistente e ganhar não só a corrida sprint no sábado, mas o GP do Azerbaijão. Com uma prova marcada pela  falta de sorte de Leclerc e pelo acidente de Nyck De Vries, Checo conseguiu defender lindamente sua posição, manteve-se em primeiro até o final e levou o prêmio para casa. 


11- A estreia de Felipe Drugovich na Fórmula 1

Desde que o brasileiro Felipe Drugovich foi confirmado como piloto reserva de Lance Stroll na equipe Aston Martin, os fãs brasileiros ansiavam pelo momento em que iam ver “Drugo” nas pistas. A estreia do piloto brasileiro aconteceu no Grande Prêmio da Itália durante o treino livre. Apesar de ser uma exigência do regulamento da Fórmula 1, que determina que cada equipe escale pilotos além dos titulares em pelo menos duas sessões de treinos livres ao longo da temporada, a escalação do piloto deixou os brasileiros felizes.



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