O piloto holandês dominou completamente o final de semana e se aproxima do número de vitórias de Ayrton Senna
Foto: Divulgação/Fórmula1
Sendo consistente do começo ao fim do final de semana, Max Verstappen foi responsável pela pole position do sábado, a vitória de domingo, fez volta mais rápida e liderou todas as voltas da corrida, este feito é conhecido como Grand Chelem e aconteceu apenas 72 vezes em toda a história da categoria. Além de mostrar consistência durante toda a corrida, o piloto da Oracle Red Bull Racing dominou todo o final de semana sendo o mais rápido em todos os treinos. O holandês saiu da Espanha com 40 vitórias na carreira, apenas uma atrás do tricampeão Ayrton Senna. Verstappen chega ao resultado após nove anos na categoria.
Verstappen se encaminha para o tricampeonato, já com 53 pontos à frente do segundo colocado, Sergio Perez, e mostra que o investimento que a equipe fez desde a base valeu a pena. Mesmo que tenha entrado muito cedo na categoria e se mostrasse imaturo na época, os anos foram positivos para a evolução e o amadurecimento do piloto, que hoje é o mais estável junto da equipe, que usou da mudança do regulamento de 2022 como uma oportunidade de desenvolvimento e traz resultados positivos desde o começo, com o bicampeonato no ano passado e o caminho para o terceiro já nesta temporada.
Pista parâmetro
Espanha é considerada uma das principais "réguas" para o campeonato. Sendo uma pista completa, que conta com curvas de alta, média e baixa velocidade, as equipes conseguem medir seu próprio parâmetro e dos adversários baseados em dados colhidos durante esta etapa. A surpresa deste ano na Catalunha foi a Mercedes, que, desde a mudança do regulamento, vem sofrendo e ficou com apenas uma das vitórias da temporada passada e em 2023 ainda não tinha mostrado avanço significativo no desenvolvimento do carro. Porém após o descarte do zeropod em Mônaco os resultados já são aparentes com o P2 de Lewis Hamilton e o P3 de George Russel neste final de semana.
As equipes que vêm apresentando melhor desempenho durante a temporada de 2023 são as que se aproximam do design da Red Bull, mostrando que grande parte do problema é a aerodinâmica dos carros e não o desempenho do motor. A primeira a adotar a mudança foi a Aston Martin, que mesmo com motor Mercedes andava muito a frente se aproximando da equipe do atual campeão. Após o último grande prêmio de Mônaco, as equipes já têm adotado sidepots similares e os resultados são aparentes.
Reestruturação ferrarista
A equipe italiana trocou de chefe de equipe, devido ao baixo rendimento dos últimos anos, com a promessa de melhora para as próximas temporadas, porém os resultados não têm se apresentado de maneira positiva. Até o GP da Emília-Romanha, que não aconteceu devido ao alagamento do autódromo, o acerto do carro era projetado e planejado por Mattia Binotto, ex-chefe de equipe, porém os problemas vão além do design e da mecânica.
A equipe se apresenta de forma inconsistente e com erros estratégicos que não condizem com o título de maior equipe do esporte. Ao ignorar o pedido de pneus macios que Charles Leclerc fez, a equipe arriscava uma estratégia que era fadada ao fracasso, já que o próprio piloto informava que o desempenho dos pneus duros não era o esperado. O resultado da corrida condiz com a situação atual da equipe, um piloto sem pontuar e o outro com a pontuação abaixo do esperado. Os fãs seguem desapontados com o jejum de 16 anos da equipe e cobram mudanças.
Próxima etapa
A Fórmula 1 atravessa o Atlântico e chega no Canadá dia 16 de junho para a 9ª etapa da temporada. As equipes que ainda não trouxeram atualizações esperam esta etapa para inovar e buscar melhores resultados. Para os fãs a expectativa é de um final de semana agitado e com uma vitória inédita, para aumentar a competitividade do campeonato.
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